Calcular o custo de um funcionário é fundamental para garantir um planejamento financeiro eficiente nas empresas. Esse cálculo vai além do salário base, incluindo encargos trabalhistas, benefícios e infraestrutura, representando, muitas vezes, custos significativamente maiores.
Com uma análise detalhada, é possível entender os elementos que compõem esse custo e identificar formas de otimizar despesas sem comprometer a qualidade e o bem-estar das equipes. A seguir, veja como calcular de forma prática os custos e tome decisões mais estratégicas.
O que você vai ler neste artigo:
O que está incluído no custo de um funcionário?
O custo total de um funcionário não se limita ao pagamento em folha. Vários fatores são considerados, desde salário base, encargos trabalhistas, até despesas adicionais como benefícios opcionais e estrutura para o trabalho. Confira os itens que compõem esse conjunto de custos:
Salário base
O salário base, acordado no contrato, é o ponto de partida do cálculo. Além dele, podem ser considerados valores como:
- Horas extras;
- Comissões;
- Adicional noturno.
Esses incrementos precisam ser adicionados para chegar ao valor final.
Encargos sociais e trabalhistas
Encargos obrigatórios no Brasil aumentam significativamente o custo. Entre eles:
- INSS Patronal: até 20% do salário bruto;
- FGTS: equivalente a 8% do salário bruto;
- Férias com acréscimo de 1/3;
- 13º salário em parcelas anuais.
Esses valores são aplicáveis a todos os funcionários contratados pela CLT.
Benefícios obrigatórios
Entre os benefícios que devem ser provisionados estão:
- Vale-transporte: valor do transporte calculado com base em 22 dias úteis.
- Vale-alimentação/refeição: custo variável conforme acordos coletivos.
Benefícios adicionais
Algumas empresas oferecem vantagens opcionais para atrair e reter talentos, como:
- Plano de saúde: custos médios de R$ 300 a R$ 800 por pessoa.
- Auxílio educação: subsídio para desenvolvimento profissional.
Esses benefícios são um diferencial competitivo, mas agregam custos significativos.
Exemplos de cálculo prático
Os exemplos a seguir mostram como organizar os custos de acordo com diferentes regimes tributários.
Simples Nacional
Nesta modalidade, encargos são simplificados. Para um funcionário com salário de R$ 2.500:
- FGTS (8%): R$ 200/mês.
- Férias com adicional: R$ 833,33/ano.
- 13º salário completo: R$ 2.500/ano.
- Benefícios obrigatórios: R$ 400/mês.
- Infraestrutura (aluguel, contas e software): R$ 200/mês.
Custo total mensal aproximado: R$ 3.825.
Lucro presumido ou real
Empresas nesses regimes pagam encargos adicionais, como:
- INSS patronal (20%): R$ 500/mês.
- Provisão para rescisão (4%): R$ 100/mês.
- 3% de acidente de trabalho: R$ 75/mês.
Custo total mensal aproximado: R$ 4.843,25.
Esses exemplos variam com base em benefícios escolhidos e cargos desempenhados pelos funcionários.
Estratégias para otimizar custos
Existem maneiras eficazes de reduzir custos sem prejudicar o ambiente de trabalho. Confira:
Revisão de benefícios
Priorize os benefícios essenciais e ajuste valores. Negociar com fornecedores de saúde ou adotar benefícios flexíveis podem ser opções para reduzir gastos.
Retenção de talentos
Investir em um ambiente de trabalho satisfatório reduz o turnover, um custo alto devido às frequentes contratações e treinamentos.
Automação de gestão de pessoal
Processos automatizados, como a digitalização da folha de pagamento e admissão, economizam tempo e recursos. Muitas empresas já utilizam softwares que tornam esses processos mais ágeis e menos onerosos.
Por que calcular o custo de um funcionário é importante?
Calcular esses custos permite:
- Controle orçamentário: melhora o planejamento financeiro, antecipando despesas.
- Decisões estratégicas: facilita escolhas entre contratações e promoções.
- Identificação de oportunidades de economia: detecta áreas em que é possível reduzir gastos sem afetar o desempenho.
Manter um controle completo dos custos assegura a saúde financeira da empresa e contribui para um ambiente de trabalho mais eficiente e equilibrado.
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